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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Espiritismo

EspiritismoDoutrina espírita ou Kardecismo 1 2 3 4 5 é a doutrina codificada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. É uma doutrina que alia ciênciafilosofia e religião, buscando a melhor compreensão não apenas do universo tangível (científico), mas também do universo a esse transcendente (religião).6 7 8 9 10 A doutrina é baseada em cinco obras básicas (que juntas formam o pentateuco), escritas por Kardec, através da observação de fenômenos que o mesmo atribuía a manifestações de inteligências incorpóreas ou imateriais, denominadas espíritos. A codificação espírita está presente em: O Livro dos EspíritosO Livro dos MédiunsO Evangelho segundo o EspiritismoO Céu e o Inferno e A Gênese; somam-se à codificação as chamadas obras "complementares", como O Que é o Espiritismo?Revista Espírita eObras Póstumas.
O termo Espiritismo foi cunhado por Kardec em 185711 12 13 14 para definir especificamente o corpo de ideias por ele reunidas e codificadas em "O Livro dos Espíritos".15 Na publicação do livro O Que é o Espiritismo, o codificador a define como uma doutrina que trata da "natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal e as consequências morais que dela emanam",16 e fundamenta-se nas manifestações e nos ensinamentos dos espíritos.17 18
Também é compreendida como uma doutrina de cunho científico-filosófico-religioso voltada para o aperfeiçoamento moral do homem, que acredita na possibilidade de comunicação com os espíritos através de médiuns.19 20A doutrina também é conhecida por influenciar e prover um movimento social de instituições de caridade e saúde, que envolve milhões de pessoas em dezenas de países.14
O espiritismo tem se expandido e, segundo dados do ano 2005, conta com cerca de 15 milhões de adeptos espalhados entre diversos países,21 como, Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Bélgica,22 Estados Unidos, Japão, Alemanha, Argentina, Canadá,23 e, principalmente, alguns países americanos como Cuba, Jamaica e Brasil, sendo que este tem a maior quantidade de adeptos no mundo.24 4 No entanto, vale frisar que é difícil estipular a quantidade existente de espíritas, pois as principais estipulações sobre isso são baseadas em censos demográficos em que se é perguntado qual a religião dos cidadãos, porém nem todos os espíritas interpretam o Espiritismo como religião.

Etimologia e uso

O termo espiritismo (do francês antigo "spiritisme", onde "spirit": espírito + "isme": doutrina) surgiu como um neologismo, mais precisamente uma palavra-valise, criada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (conhecido por Allan Kardec) para nomear especificamente o corpo de ideias por ele sistematizadas em "O Livro dos Espíritos" (1857).
Contudo, a utilização do termo, cuja raiz é comum a diversas nações ocidentais de origem latina ou anglo-saxônica, fez com que ele fosse rapidamente incorporado ao uso cotidiano para designar tudo o que dizia respeito à alegada comunicação com os espíritos. Assim, por espiritismo, entendem-se hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência dos espíritos à morte dos corpos, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar com eles, casual ou deliberadamente, via evocações ou espontâneamente. Essa apropriação do termo cunhado por Kardec, por parte de adeptos de outras tradições espiritualistas, é criticada pelos seguidores contemporâneos do pedagogo francês, que o reivindicam para designar a sua doutrina específica.
O termo "kardecista" é repudiado por parte dos adeptos da doutrina que reservam a palavra "espiritismo" apenas para a doutrina tal qual codificada por Kardec, afirmando não haver diferentes vertentes dentro do espiritismo, e denominam correntes diversas de "espiritualistas"27 . Estes adeptos entendem que o espiritismo, como corpo doutrinário, é um só, o que tornaria redundante o uso do termo "espiritismo kardecista". Assim, ao seguirem os ensinamentos codificados por Allan Kardec nas obras básicas (ainda que com uma tolerância maior ou menor a conceitos que não são estritamente doutrinários, como a apometria), denominam-se simplesmente "espíritas", sem o complemento "kardecista".27 A própria obra desaprova o emprego de outras expressões como "kardecista", definindo que os ensinamentos codificados, em sua essência, não se ligam à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo ou o budismo, mas a uma coletividade de espíritos que eles acreditam que se manifestaram através de diversos médiuns naquele momento histórico, e que se esperava que continuassem a comunicar, fazendo com que aquele próprio corpo doutrinário se mantivesse em constante processo evolutivo, o que não se teria verificado, já que as obras básicas teriam permanecido inalteradas desde então. Outra parcela dos adeptos, no entanto, considera o uso do termo "kardecismo" apropriado.28 O uso deste termo é corroborado por fontes lexicográficas como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa29 , o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa30 , o Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa31 e o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa.32
As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se auto-intitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira33 ), num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".

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